Porque continuas ai parada? Do que estás à espera? Que a maré volte a subir e te volte a molhar os pés sem que seja necessário te moveres? Que desta vez todo o mar fique parado, mas que ao mesmo tempo faça tudo sozinho? Sem que tenhas de te mover para o obteres da forma que queres? Avança. Certo que não sabes se a temperatura da água é como realmente querias, ou até se alguma onda te vai rebentar aos pés quando achares que mar finalmente acalmou e não te molhará mais do que queres. Não hesites. Não te prendas nos ''e se'' e nos ''mas'', deixa de pensar como será o futuro sem avançares no presente. Força. Levanta-te da toalha e vai lá, aproxima-te dos teus objectivos, daquilo que neste momento é mais importante para ti sem pensares duas vezes.
Finalmente levantas-te
e começas a caminhar, e antes de chegares ao mar, tropeças em algo, que
logo no momento não sabes o que é. Cais no areia, e só depois olhas para ver o
que te fez cair. Foi uma concha, das mais belas que alguma vez antes haverias
visto. Apanha-a com cuidado, tenta não a partir, não a tires da sua forma
original, limpa-lhe apenas a areia que trás em cima e que não é necessária. Guarda-a
nas tuas mãos para a manteres segura, mas tem cuidado, não a percas, pois podes
nunca mais encontra-la. Oferece-lhe um novo lar sem que te tenha de pedir, mantém-na
num sitio onde nunca te esqueças que ela lá está.

Agora pensa. Imagina como seria se nunca te tivesses
levantado e caminhado em direcção a um objectivo; imagina como seria se não
tivesses tropeçado em algo maravilhoso que te prendeu o resto do tempo. Serias
quem és hoje? Ou continuarias ali sentada à espera que tudo te caísse aos pés? Pensa
nisso.
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