Pensar
Pensar entristece. Todo o
verdadeiro pensador sabe disso. Trás de volta todas as memórias que temos
armazenadas até esse preciso momento da nossa vida. As boas. As más. Aquelas que
nunca mais no quisemos lembrar a partir do momento em que foram criadas. Pensar
faz mal, mas pensar também faz bem.
Eu penso muito, esse é o meu
eterno mal. Penso nas minhas ações, nas reações, consequências e recompensas,
levando-me a não reagir quando por vezes o devia ter feito. É intimidante
pensar, leva-nos aos confins do mundo e faz-nos querer mudar sempre algo. Arrependidos
ou não, a tentação da misera possibilidade de alterar o passado existe sempre. Queremos
recuar e ficar lá. Não sair nem deixar mais ninguém entrar, somos eternos sedentários
no Mundo dos Impossíveis; desejamos o que não podemos ter, desprezamos o que é
nosso e suplicamos para recuperar o que deixamos para trás. Somos eternamente
infelizes dentro dos nossos pensamentos. Todos o somos nem que seja apenas numa
duração de segundos incontáveis, mas somos. A questão é: o que nos levou a ser?
Pensar faz mal somente para aqueles
que sabem o que pensar; somente para aqueles que sabem calcular as
consequências dos seus atos e compreendem o seu estado de espírito. Tirando isso,
se observarmos bem, pensar nas coisas tornou-nos o que somos hoje, mas e se tivéssemos
pensado diferente, o que teria mudado? Que ações não teríamos tido e que
reações teríamos evitado? Pois é. Há tanto por onde pegar. Questões atrás de
questões que apenas nos levam a mais questões. Eu encontro-me questionada por
mim própria, afinal de contas, medi tanto os meus passos que acabei ficando parada,
sem resolução para diversos acontecimentos.
Por isso, a tu que lês o que miseravelmente
aqui escrevo, segue o meu conselho: não tenhas medo de pensar, mas por favor,
para teu próprio bem, também não tenhas medo de agir. As consequências valem a
pena quando os atos acontecimentos são bem aproveitados. Pensa, mas vive.
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